Fusão, essa é a palavra-chave para definir como
os aditivos minerais estão ligados a esse elemento

 

Antes, algumas definições. Segundo o dicionário, borracha, literalmente, é uma “substância elástica e impermeável, resultante da coagulação do látex de vários vegetais… com propriedades diversas e inúmeros usos industriais, segundo os vários tipos de tratamento a que é submetida; caucho, goma-elástica”. Já elastômero, é “um material natural ou sintético que apresenta propriedades elásticas, e tem a capacidade de deformar-se sob a carga e retornar à sua forma original uma vez que a carga é removida”. Bem, como se vê, na definição, borracha é uma espécie elastômero.

A borracha natural é o único elastômero extraído de fonte perene, de origem brasileira, a seringueira: Hevea brasiliensis. Aliás, que foi motivo de extração e riqueza, principalmente da região Norte do Brasil. A extração da borracha – ou Ciclo da Borracha – é estudada ainda hoje em livros de História. Existem também as borrachas sintéticas, obtidas do petróleo, em sua maioria, mas essas usam pouco ou quase nada dos aditivos minerais. Por isso, vamos nos ater à borracha natural.

Mais um pouco de história: a borracha natural, aquela colhida nas seringueiras na sua maioria, ainda da mesma forma que se fazia nos primórdios foi descoberta por Cristovão Colombo. Em, 1493, no Haiti, ele e sua tripulação perceberam nativos brincando com bolas que pulavam e, assim, foi atrás das árvores que produziam tal produto.

Para ser usada do modo como conhecemos hoje, a borracha tem de passar por um processo chamado de vulcanização. Esse método, que consiste na aplicação de calor e pressão à sua composição, foi criado, em 1839, pelo inventor americano Charles Goodyear (o nome diz tudo…). Um dos primeiros usos dela foi descoberto por Dunlop, em 1888, que inventou o pneu para bicicleta. Já a borracha sintética foi inventada pelos alemães durante a Primeira Grande Guerra, pelo receio de desabastecimento. Assim, a borracha, com o tempo e aos poucos acabou tornando-se indispensável a todos os segmentos industriais.

Mas onde entram os aditivos minerais nessa história? A borracha tem usos quase infinitos, como os destinados para os setores de Engenharia, Vedação, Automobilístico (o que mais usa produtos derivados da borracha, como pneu e borrachas de vedação, por exemplo), Indústria Petroquímica, Saneamento,  Moldes, Impermeabilizantes, Calçados, Mangueiras, Siderurgia, Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, Entretenimento (usado em brinquedos, balões, entre outros), Saúde (como em luvas cirúrgicas, preservativos, materiais cirúrgicos e muito mais), Construção Civil etc. Dessa forma, precisa dos aditivos minerais para uma melhoria de suas propriedades físicas e para uma entrega do produto final mais eficaz, mais acessível, mais natural e menos prejudicial à natureza e ao homem. Eles servem para dar o reforço necessário a essas propriedades que todo elastômero possui, neste nosso caso, à borracha.

Como e em todos os seus demais usos, a aplicação de aditivos minerais à borracha é recente, coisa de poucas décadas, mas o setor descobriu que os aditivos minerais geralmente apresentam estabilidade dimensional satisfatória, o que para um produto de qualidade é essencial. Sem contar, como sempre, que eles têm um custo muito acessível do que outros aditivos, como os químicos, e, principalmente, sem prejuízos à natureza e a saúde do homem. Enfim, o desempenho da borracha depende não só da sua formatação, mas do aditivo mineral que se usa no sua composição.

De forma geral, segundo especialistas e quem trabalha com borracha, basta adicionar algum tipo de aditivo mineral, como Sílica, Caulim, Diatomita e Bentonita, por exemplo, para que a borracha apresente melhorias sensíveis. Entre esses benefícios, podemos destacar o alto módulo elástico, grande resistência à abrasão e ao rasgamento, maior dureza e rigidez, melhoria na resistência ao rasgo, redução do torque mínimo (ML) .Proporciona ainda redução no tempo de vulcanização, (auxilia no processo de aceleração da vulcanização). Os aditivos minerais atuam como aditivo desmoldante, poder de fosqueamento, reforço mecânico, extensor de sílica precipitada, estabilizante térmico, redução das propriedades dielétricas, propriedade antichama, supressor de fumaça, etc.

A Brasilminas fornece os aditivos reforçantes a Borracha, como Agalmatolito, Carbonato de Cálcio natural e precipitados, Caulim, Talco, Sílica Precipitada, Silicato de Alumínio, Silicato de Cálcio, Silicato de Magnésio e Barita, que conferem diversas vantagens e propriedades no processo de manuseio desses elementos. Esses produtos são largamente usados no preparo da borracha, pois propiciam benefícios ao produto final.