Se é para falar de natureza zelando pela natureza e tirando o seu melhor, não há como não falar da relação entre borracha e os aditivos minerais

 

Senta que lá vem história…. Já falamos neste espaço sobre a origem e curiosidades da borracha, mas vamos relembrar. A borracha, da forma que conhecemos, tem origem de uma fonte brasileira, a seringueira (Hevea brasiliensis). O ciclo da borracha, no nosso País, foi responsável pelos primeiros sinais de progresso da região Norte e do País – aliás, enriquecendo muitos homes e levando crescimento, com a construção de rodovias e, principalmente, grandes estradas de ferro, como a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para escoar a produção de borracha. Mexeu com a economia da região e do País, mas também com a questão social, provocando revoluções e, infelizmente, mortes de índios e brancos.

Mas, antes desse período, a borracha já era utilizada, de forma sintética, obtida do petróleo, em sua maioria. Voltando à borracha natural – a que nos interessa, pois é a que usa os aditivos minerais -, ela foi descoberta por Cristovão Colombo, em 1493, no Haiti. Ele e sua tripulação perceberam nativos brincando com bolas que pulavam e, assim, foi atrás das árvores que produziam tal produto. Mas até aí não se pensava em usar o produto e aproveitar ao máximo seus benefícios. Isso só foi pensado na primeira metade do século 19, em 1839, quando o americano Charles Goodyear inventou o processo chamado de vulcanização, que consiste na aplicação de calor e pressão à sua composição. Mas seu uso mais apropriado só veio mais tarde, em 1888, quando o escocês John Boyd Dunlop inventou o primeiro pneu para bicicleta usando a vulcanização da borracha natural. Outras possibilidades foram inventadas posteriormente, como a borracha sintética, criada pelos alemães durante a Primeira Grande Guerra, imaginando algum tipo de desabastecimento do produto natural.

De lá para cá, o setor só cresceu em importância na economia brasileira e mundial. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural (Abrabor), o Brasil ainda é o maior produtor de borracha natural da América Latina, mas, no âmbito mundial, perdeu espaço para países como Tailândia, Indonésia, Vietnã, China e Malásia, na ordem, hoje, os maiores produtores mundiais.

São Paulo, ao longo das décadas, foi tomando o lugar do Norte e atualmente é o maior estado produtor de borracha no Brasil, mas produzimos apenas cerca de 40% do que consumimos internamente, o restante é importado desses países do sudoeste da Ásia – dessa forma, estamos entre os dez maiores consumidores do mundo. Em 2018 foram produzidas 190 mil toneladas de borracha e nosso consumo foi em torno de 400 a 420 mil toneladas.

O setor não vai muito bem das pernas no Brasil, mas, mesmo com esses números, hoje, é um segmento de potencial. Já foi o mais forte de nossa economia, mas nunca deixou de ter importância. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a indústria de extração e transformação como um todo, incluindo a de borracha, representa 11% do nosso Produto interno Bruto, menor patamar desde 1947. Um número que, mesmo já tendo sido maior, não pode ser considerado – e não é – pequeno ou irrelevante. Mas onde entram os aditivos minerais?

São eles que deixam o produto natural ainda mais natural e o sintético o mais perto possível do que pode ser considerado sustentável e benéfico à saúde. Setores que muito usam a borracha, como os de engenharia, vedação, automobilístico, petroquímico, saneamento, moldes, impermeabilizantes, calçados, mangueiras, siderurgia, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, entretenimento, saúde, construção civil, entre outros, sabem – e exigem – dessas propriedades e qualidades. Os aditivos minerais servem para a melhoria das propriedades físicas da borracha e para se obter um produto final mais eficaz, mais acessível, mais natural e menos prejudicial à natureza e ao homem em todos esses segmentos.

A Brasilminas sempre defende que aditivos minerais são a natureza zelando pela natureza. Assim, servem para dar o reforço necessário e natural, sem prejuízo à saúde, a essas propriedades à borracha. Outro ponto positivo, como para todos os segmentos, é o custo muito mais acessível do que os aditivos químicos e sintéticos – aliás, estes também usam os aditivos minerais para refrear os efeitos nocivos que podem provocar.

Dessa forma, os aditivos minerais proporcionam ao produto in natura e aos sues derivados maior estabilidade dimensional, essencial para a qualidade do produto. Não é exagero dizer que eles dão o desempenho que a borracha precisa na composição dos seus mais variados usos. Entre esses benefícios, podemos destacar o alto módulo elástico, grande resistência à abrasão e ao rasgamento, maior dureza e rigidez, melhoria na resistência ao rasgo, redução do torque mínimo (ML). Proporciona, ainda, redução no tempo de vulcanização, (auxilia no processo de aceleração da vulcanização). Os aditivos minerais atuam como aditivo desmoldante, poder de fosqueamento, reforço mecânico, extensor de sílica precipitada, estabilizante térmico, redução das propriedades dielétricas, propriedade antichama, supressor de fumaça etc.

A Brasilminas fornece os aditivos reforçantes a borracha, como Agalmatolito, Barita, Bentonita, Carbonato de Cálcio, Caulim, Silicato de Cálcio, Silicato de Magnésio e Talco. Esses componentes, além de largamente usados no preparo da borracha por proporcionarem benefícios ao produto final, conferem diversas vantagens e propriedades no processo de manuseio desses elementos. A Brasilminas é uma das principais fornecedoras de aditivos/cargas minerais do mercado e conta com essas matérias-primas em seu portfólio.. Produtos que proporcionam alta performance e redução de custos

Esses produtos têm outra vantagem: não se encerram em si e viram um novo circulo produtivo de vantagens e possibilidades. Os aditivos minerais são também base para a criação de subprodutos naturais (ou mesmo sintéticos). Isso, graças aos mais diferentes processos de tratamento e beneficiamento que se dá a eles. Processo que a Brasilminas também domina, como britagem, peneiramento, moagem, classificação, aeroclassificação, mistura (blendas) e micronização.